CONCERTOS

11/12/10

Mais duas apresentações do disco: ontem, às 22h, na FNAC do NorteShopping; amanhã, às 17h, na FNAC do Mar Shopping.

29/11/10

Como baixista, atravessei diversos períodos de fascínio desbragado por outros baixistas. Mais do que a música que faziam, interessava-me saber com quem tocavam, que discos tinham gravado, que material usavam, como se mexiam, o que vestiam, qual a evolução do seu penteado, como dormiam, com quem dormiam, o que comiam, quando como e porque tinham começado a tocar. Sem informação à distância de um clique, tentar saber tudo isto transformava-se num jogo em que quanto mais pormenores se sabiam mais pontos se marcavam em conversa entre pares. Paul McCartney, Brian Ritchie, Graham Maby, Flea, Jaco Pastorius e Kim Deal, foram alguns dos visados pela minha curiosidade furiosa.
Por vezes, este fascínio adolescente ainda me fulmina, sobretudo quando os dados são escassos ou estão por compilar. Sobre Joel Pina, viola-baixo, acompanhador de fado, noventa anos de idade e uma forma invejável, sei, por exemplo, que afina o baixo por quintas e que acompanhou Amália Rodrigues, mas rói-me não saber todos os instrumentos que utilizou durante sua longa carreira, e, sobretudo, quem os construiu e o que é feito deles (a começar pelo usado com o Quarteto de Guitarras de Martinho da Assunção, na foto — repare-se no fabuloso e insólito cravelhame).

17/11/10

O meu primeiro haiku:

não é só a luz
esta fronte escalvada
é já outono

(Certo, a calvície é-me um facto.)

09/11/10

O concerto em Lisboa, no dia 4 de Dezembro, é um dos concertos do terceiro Super Bock em Stock. Tocarei no Cabaret Maxime (mais informações aqui).Link
Depois dos concertos de lançamento, seguem-se as apresentações do disco nos fóruns Fnac aqui pelo norte: em Novembro, no dia 12, em Sta. Catarina às 18h e no GaiaShopping às 22h; no dia 21 no GuimarãeShopping, às 17h, e no dia 30 em Braga, às 22h; em Dezembro, no dia 12, no Mar Shopping às 17h.

06/11/10

Gostei muito do concerto da Rita Redshoes, ontem no Hard Club. Choose love, Hey Tom, The beginning song, Dream on girl soam como clássicos. Chegado a casa, e como a única guitarra que tenho estava já estivada para o concerto de hoje, dei por mim, possuído, a mal-amanhar redondilhas maiores em quintilhas.

03/11/10

A concorrente acertou, mas acho que foi ao calhas — encontrei o telefone no limite de conseguir registar o acontecimento e não prestei atenção a nada do que foi dito entretanto. Surpreendente seria a pergunta «Qual dos seguintes projectos musicais portugueses não inclui os músicos Nico Tricot e António Serginho?»

28/10/10

Disco-bilhete ou bilhete-disco a 9,99€ é a fórmula de entrada nos concertos de apresentação de Deve Haver. Quer isto dizer que ao comprar um disco nas lojas FNAC, o talão de compra poderá ser utilizado para assistir a um dos concertos; quem comprar a entrada na sala, antes do concerto, receberá um disco.

23/10/10



Um vídeo simples e bonito de Igor Marques para O homem invisível ainda acha possível, uma canção simples e bonita de Todos os dias fossem estes/outros. (Obrigado, Igor.)

19/10/10

"Obrigado!" é a sucinta mensagem de agradecimento que coloquei no disco — por falta de espaço e, sobretudo, de capacidade em discernir o que é que se agradece, de que forma e a quem. Das pessoas que colaboraram directamente no resultado final do disco-objecto: Nico Tricot, Hélder Gonçalves, Nélson Carvalho, Manuela Azevedo, B Fachada e Marco Mendes, este obrigado estende-se a Jorge Guerra, Isabel Dantas, Joana Brandão, Pedro Nascimento, Paula Homem, Maria Lopes e Pedro Tenreiro, e em particular a António Serginho e Gordon Gano. (E se ainda vier a descobrir que me esqueci de alguém, vou sempre a tempo de o actualizar.)

14/10/10

Nos tempos que correm, um disco é um objecto quasanacrónico; não sendo a mais relevante, é certamente uma das razões de me saber muito bem ter o meu na mão.

12/10/10

Então, novidades: o disco sai no próximo dia 25 de Outubro e nesse dia serão apresentadas ao vivo, em trio, na Fnac do Chiado, algumas das suas canções; nos dias 28 e 29 de Outubro e 4 e 6 de Novembro serão os concertos de lançamento: Hard Club (Sala 2), Arte à Parte, Café Concerto do Centro Cultural de Vila Flor e Mercado Negro, Porto, Coimbra, Guimarães e Aveiro, respectivamente.
Entretanto, amanhã, dia 13, a partir das 17h, um dos ensaios para os concertos será transmitido em directo através do site da Antena 3.

10/09/10

Finalmente, inscrevi-me no Facebook. Não pesco nada daquilo — amigos pràqui, amigos pràcolá… —, mas gosto muito das silhuetas de quem ainda não colocou a foto no perfil: para as mulheres, o Darth Vader, para os homens, o Tintin.
Das dezanove canções que trabalhei para o disco, foram gravadas catorze. Dessas catorze, decidi deixar de fora duas que não conseguia encaixar no alinhamento; quando o fiz, este revelou-se óbvio: Essa dor não existe (Tu isso sabes, não sabes?), Mais um belo dia, Trágico comediante, Se acabou, acabou, Um dia não são dias não, Refrão-canção, Isso foi antes, Estar tudo mal não te traz saúde nenhuma, Cala-te e come (Expiação do derrotado), Como foi?, Vistas bem as coisas…, Aconteceres-te.
Deve Haver está praticamente pronto. Foi produzido por Hélder Gonçalves e gravado n' O Nosso Gravador entre Setembro do ano passado e Maio deste ano. A mistura foi feita pelo Nélson Carvalho nos Estúdios Valentim de Carvalho e concluída no fim de Agosto. A masterização, feita por Andy VanDette no Buzzz Studio, chegou-me há dois dias atrás. A ilustração e o design são do Marco Mendes. Uns pequenos acertos finais e seguirá para a fábrica. Será editado pela Arthouse no próximo mês.

07/09/10

No passado dia 27 de Agosto toquei no Palco Z, do Restaurante Mestre Zé. No dia seguinte segui para Lisboa, para acabar a mistura de Deve haver.

18/05/10

Na próxima sexta toco no Laboratório das Artes, em Guimarães.

29/04/10

Finalmente. Por nabice, ainda não tinha conseguido pôr aqui canções para escuta. O que é estúpido é que, depois de várias tentativas frustradas, acabei por fazer precisamente o mesmo que tinha feito no meu anterior blogue, usando este leitor de mp3 e alojando aqui os ficheiros. As versões apresentadas são de trabalho: voz-guitarra gravadas em MiniDisc, ideias incipientes de arranjos gravadas por pistas, e uma ou outra gravação da maquete que deu origem a este disco.

16/04/10

No Fala-me de Música, crónica e fotos do concerto no Subscuta. A crónica de Pedro Gonçalves Branco, as fotos de Pedro Rodrigues.

09/04/10

Já sei mais coisas. Início: uma da manhã (ei! — como diriam as Doce). Entrada: um ou dois euros (não me deram a certeza; dois, no máximo). Duração: não 1h50 (como em Coimbra), não 1h40 (como em Barcelos), não 1h30 (como em Tomar); 50 ou 60 minutos, que a malta a seguir precisa dançar a chegada da Primavera que nunca mais chegava.

07/04/10

No próximo sábado, dia 10, toco no Armazém do Chá. (Aviso quando souber mais coisas.)

01/04/10

Já não faço alinhamentos para concerto desde que me cansei de fazer alinhamentos para concerto: agora levo uma lista com trinta e oito canções (dezanove de Todos os dias fossem estes/outros, dezanove que trabalhei para Deve haver; tenho ainda duas ou três versões que não fazem parte desta lista) e toco as que na altura achar por bem. Em Coimbra toquei vinte e sete canções, e, pelo que me disseram, o concerto durou cerca de duas horas. É claro que tenho de descontar pelo menos meia hora de conversa de chacha: concluí finalmente que falar muito entre canções me ajuda a descomprimir e, consequentemente, a estar menos nervoso e mais concentrado no momento em que as toco; o som da sala tem também influência directa na escolha das canções, o que quer dizer que se tivesse o alinhamento definido provavelmente não tocaria aquelas que melhor soariam naquele espaço.
Esta questão não é nova. Já no tempo dos Ornatos pensámos em deixar de fazer o alinhamento, por influência dos Violent Femmes (quando abrimos os concertos deles descobrimos que era o Brian Ritchie que o decidia no momento, tocando a introdução no baixo e obrigando a banda a segui-lo ou gritando o nome da canção), mas as implicações técnicas não foram resolvidas e não o chegámos a deixar de fazer. Olhando com atenção a contracapa do Cão! reparo que enquanto o resto do pessoal está empenhado a decidir o alinhamento, escrevendo-o na tarola do Kinörm (antes de um concerto em Hannover), eu estou ali a brincar com as baquetas como se não tivesse nada que ver com o assunto.

29/03/10

Na próxima sexta, dia 2, toco em Barcelos, no Auditório da Biblioteca Municipal; será um dos concertos do Subscuta.

22/03/10

Na sexta vou para baixo sozinho. Que me lembre é a primeira vez que vou sozinho sozinho para um concerto. Desta vez nem colega, nem amigo, nem namorada; acompanham-me apenas a fome de tocar e o nervoso miudinho.

09/03/10

Afinal toco em Coimbra no sábado, dia 27. Vou só corrigir a data aqui em baixo… Ok, já está. Portanto: Tomar, 26, sexta; Coimbra, 27, sábado.

07/03/10

(Decerto que o Gordon Gano não se importa se eu revelar aqui que ele gostou da minha ideia de escrever uma letra em português para uma das suas canções e da versão que daí resultou.)
Aqui fica a actualização mensal: vou tocar em Tomar e em Coimbra. Em Tomar no dia 26, no Theatro; Em Coimbra no dia 27, na Arte à Parte. Estes concertos (e espero que outros) servirão para ir apresentando as canções de Deve haver em formato voz-guitarra, enquanto o ano lectivo não termina. O disco está quase pronto; antes ainda da mistura e masterização falta regravar ou gravar uma coisa ou outra, e escolher as canções e o seu alinhamento; sairá em Setembro, dê por onde der. Link

02/02/10

Praticamente dois meses sem pio: este novo mundo não é o meu. O antigo foi-o por instantes, aqueles em que não me forcei a nada e naturalmente o que tinha de acontecer aconteceu. Aconteceu: pretérito. Agora o que possuo é um anacronismo composto de canções habilmente resgatadas ao deve haver que fui cuspindo no gravador e gatafunhando no caderno à procura de um eu que naturalmente não sou. A ver se chega. Entre Setembro e Janeiro, aquelas foram ganhando forma nas mãos do Nico, do Hélder e nas minhas. Estão quase? Estão. É pouco? É, para quem um dia se achou capaz de mudar o mundo, fazer e acontecer: fazer acontecer. Mas o mundo é o mundo e eu sou eu, eu sou eu, eu sou eu — como o maluco da anedota. É pouco, mas ainda as sinto capazes de um dia saírem por aí chegando a quem delas faça suas.